| has abstract
| - Pierre-Louis-Napoléon Chernoviz (en polonais, Piotr Ludwik Napoleon Czerniewicz, et, en portugais, Pedro Luiz Napoleão Chernoviz), né le 11 septembre 1812 à Łuków (Pologne) et décédé le 30 août 1881 à Paris, est un docteur en médecine, écrivain scientifique et éditeur d'origine polonaise, médecin de l'empereur Pierre II du Brésil. (fr)
- Pedro Luiz Napoleão Chernoviz (Piotr Czerniewicz, September 11, 1812 – August 31, 1882), was a physician, scientific writer and publisher. He was born in Łuków (Poland) and immigrated to Brazil in the mid 19th century on a mission on behalf of King Louis-Philippe of France to Emperor Dom Pedro II of Brazil. Ostracised for their participation in the failed insurrection for the independence of Poland in 1830-31, Chernoviz, along with many other Polish students and professionals, requested political asylum in France. Chernoviz, who had initiated his medical studies at the Uniwersytet Warszawski, completed them at the Université de Montpellier in 1838. In 1840, he emigrated to Rio de Janeiro, Brazil, and developed a very successful medical practice. He became a full member of the Imperial Academy of Medicine and was awarded the title of Cavaleiro da Ordem de Cristo (Knight of Christ's Order) and Oficial da Ordem da Rosa (Officer of the Rose's Order). In 1846, Chernoviz married Julie Bernard, a Brazilian of French descent, in Rio de Janeiro. The couple had six children. Although Chernoviz returned to France with his family in 1855, he remained active in the medical and scientific communities of Bahia and Rio de Janeiro. While maintaining an active medical practice, Chernoviz wrote several medical and scientific books, intended for the layman, which became popular throughout Latin America. Some of the most noteworthy are:
* Formulário e Guia Médico (Prescription Vademecum and Medical Guide), first published by Edouard and Henri Laemmert in Rio de Janeiro in 1841, reprinted and re-edited numerous times until 1927. The first edition was a single volume with less than 1.000 pages; the second printing of the 19th edition in 1927 had two volumes and together more than 4.000 pages.
* Diccionário de Medicina Popular e das Ciências Acessórias para Uso das Famílias (Popular Medicine and Complementary Sciences Dictionary for Family Use), in two volumes, I with 471 and II with 488 pages, also published in Rio de Janeiro in 1842/1843. The sixth and last edition in Portuguese was in 1890 also in two volumes with a total of more than 2.500 pages
* História Natural para Meninos e Meninas (Natural History for Boys and Girls), published in Paris in 1860. The sixth edition of the Diccionário de Medicina Popular was initially translated into Spanish in 1894. Chernoviz's books were published in Rio de Janeiro by Edouard & Henri Laemmert, Brazilian-German publishers who represented many French authors and firms in Brazil. The 11th and subsequent editions of the Formulário, and the 6th and subsequent editions of the Diccionário were published in Paris by the firm of A. Roger & F. Chernoviz (the author's son, Fernando). The design, layout, style and illustrations of Chernoviz's books resembled those favored in Europe at the time. The medical books were beautifully illustrated with many high quality engravings. The texts included precise descriptions of human organs and their diseases, as well as descriptions of the medications deemed appropriate at the time for these ailments. The pharmacopoeia was not limited to that of mainstream European medicine but made extensive use of indigenous Brazilian remedies. Both the Formulário e Guia Medico and the Diccionário are frequently quoted today by ethno-biologists and medical researchers. Despite the popularity of Chernoviz's published work, little is known about his work methods: notes and record-keeping, filing system, data retrieval, updating of information, and so on, at a time when typewriters were just beginning to become a standard office appliance. References:
* Embaixada de Polonia. [undated]. Poloneses no Brasil. História, cultura, personalidades, contribuçoes. [1]
* Maria Regina Cotrim Guimarães. 2003. Civilizando as Artes de Curar: Chernoviz e os Manuais de Medicina Popular no Império. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História das Ciências da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. Rio de Janeiro. [2]
* Joffre M. de Rezende. 2002. Linguagem médica, 2. ed. com autorização da editora CEGRAF da Universidade Federal de Goiás. [3]
* Betania Goncalves Figueiredo. 1999. Barbeiros e cirurgiões: atuação dos práticos ao longo do século XIX. História, Ciências, Saúde — Manguinhos, VI(2): 277-91, jul.-out. 1999. [4]
* Paula S A Moraes, MD and Ernesto A Taketomi, MD, PhD. 2000. Allergic vulvovaginitis. Annals of Allergy, Asthma & Immunology. Volume 85, October 2000. [Article cites Pedro Luiz Napoleon Chernoviz: 89. Chernoviz PLN. Flores brancas. In: Chernoviz PLN ed. Diccionario de Medicina Popular e das Sciencias Acssessorias—Para uso das familias. Quinta edição. Pariz: A Roger & F Chernoviz; 1878:1154. [5] (en)
- Pedro Luiz Napoleão Chernoviz (nascido Piotr Czerniewicz, Łuków, 11 de setembro de 1812 – Paris, 31 de agosto de 1881) foi um médico, acadêmico e editor polonês que consolidou sua carreira e fama no Império do Brasil. Filho de um coronel, Chernoviz nasceu na cidade polonesa de Łuków e imigrou para o Brasil em meados do século XIX. Chernoviz viveu sua infância e adolescência em um país controlado pelo Império Russo. No Congresso de Viena, em 1815, quando os Estados Europeus reorganizaram o continente depois das Guerras Napoleônicas, parte considerável dos territórios poloneses foi partilhada entre a Aústria-Hungria, a Prússia e a Rússia. Em meio a uma tensão sempre presente, o jovem Chernoviz iniciou, em 1829, os seus estudos na Universidade de Varsóvia, fundada poucos anos antes (em 1816). Nessa instituição, ele aprendeu suas primeiras lições sobre medicina. Lições essas que seriam interrompidas no ano seguinte. Fazendo parte de uma onda de revoltas, que iniciara na França e se expandira por vários países, em 29 de novembro de 1830, estourou, em Varsóvia, a chamada Revolução dos Cadetes, também conhecida como o Levante de Novembro, uma grande rebelião armada movida por jovens oficiais do exército polonês, em conjunto com a sociedade civil, contra o domínio russo na região. Ao lado de muitos outros companheiros e universitários, Pedro Chernoviz tomou parte nesse movimento. O levante não logrou o seu objetivo principal e as forças imperiais russas reagiram duramente, perseguindo e prendendo os envolvidos. Para escapar desse destino, milhares de poloneses emigraram do país; dentre eles, o jovem estudante de medicina. Assim, em 1831, Chernoviz decidiu rumar à França. Ao deixar a Polônia, ele se estabeleceu no sul da França, no Departamento de Hérault, onde deu continuidade aos seus estudos ao ingressar na Faculdade de Medicina de Montpellier. Seis anos mais tarde, em 24 de novembro de 1837, Chernoviz obteve o seu diploma, após a defesa de uma tese intitulada “Diagnostic Spécial et Différentiel des Tumeurs du Scrotum " . Uma vez portador do título de Doutor em Medicina e ávido por angariar reconhecimento e retorno financeiro, ele embarcou em uma viagem só de ida para o Brasil, um império territorialmente vasto e, a princípio, repleto de oportunidades para um médico recém-titulado. Nos primeiros meses de 1840, Pedro Chernoviz desembarcou no Rio de Janeiro e, em menos de um ano, teve seu diploma reconhecido e se tornou membro da prestigiada Academia Imperial de Medicina. No entanto, para se sustentar e acumular uma boa quantia de capital, notou que não bastaria, tão somente, pôr em prática o que aprendera em Varsóvia e em Montpellier. Isso porque, em meados do século XIX, os conhecimentos sobre saúde e doença, bem como a prática da medicina no Brasil, variava conforme os seus praticantes e seus clientes: até o início do século XX, pelo menos, o exercício da medicina era função de médicos diplomados e de diversos outros profissionais que não portavam um diploma (como curandeiros e rezadeiros, por exemplo), mas que, devido o conhecimento que possuíam a respeito de ervas e dos corpos humanos, aplacavam os males físicos das pessoas que procuravam os seus cuidados. Quando o médico polonês chegou ao Brasil, a medicina acadêmica (ensinada nas faculdades) dividia espaço com uma “outra medicina” , muito mais popular e acessível às comunidades brasileiras, especialmente, àquelas que habitavam o interior do país. Percebendo o que considerava ser um espaço passível de ser ocupado, Chernoviz resolveu investir em um outro nicho da atividade médica, o editorial. Assim, Pedro Chernoviz dedicou-se a produzir e a publicar, em língua portuguesa, manuais de medicina destinados tanto para os médicos quanto para as pessoas leigas. Em 1841, pela Edouard e Henri Laemmert Editora, lançou seu “Formulário ou Guia Médico”, um livro escrito para profissionais da medicina em que descrevia remédios, apresentava fórmulas medicamentosas e orientava sobre sua utilização, conforme as diferentes moléstias que acometiam os corpos saudáveis. Pouco tempo depois do lançamento desse formulário, publicou, entre 1842 e 1843, outra importante obra, o “Dicionário de Medicina Popular e das Ciências Acessórias”, um manual de medicina popular feito para atender às demandas, no que dizia respeito à saúde, da comunidade leiga brasileira. Nesse último livro, que contou com seis edições, Chernoviz empenhou-se em descrever, cuidadosamente, as diversas doenças que afetavam os seres humanos, as suas causas, os seus sintomas e os seus tratamentos. No Brasil, o Doutor Chernoviz, como passou a ser conhecido, conheceu e se casou com uma mulher franco-brasileira chamada Julie Bernard. Com ela, teve seis filhos. Em 1855, mais de quinze anos após ter deixado a Europa, ele retornou à França ao lado de sua esposa e de seus filhos. Na França, Chernoviz continuou com o seu empreendimento editorial e fundou uma empresa gráfica para imprimir as várias edições de suas obras . Pedro Chernoviz morreu em 1881, na capital francesa, aos sessenta anos de idade, com um prestígio e um rendimento financeiro bem consolidados. (pt)
- Pedro Luiz Napoleão Chernoviz, Piotr Ludwik Napoleon Czerniewicz (ur. 11 września 1812 w Łukowie, zm. 31 sierpnia 1881 w Paryżu) – brazylijski lekarz polskiego pochodzenia, autor wielu wydań brazylijskiego podręcznika farmakologii i receptury. Był synem oficera. Urodził się w Łukowie, wychowywał w Warszawie. Uczęszczał do szkoły prowadzonej przez zakon pijarów w Warszawie, w 1829 r. złożył egzamin kwalifikacyjny i zapisał się 2 września tego samego roku na Wydział Prawa Uniwersytetu Warszawskiego. W następnym roku wziął udział w powstaniu listopadowym; a po jego upadku emigrował do Francji. W Montpellier ukończył studia medyczne. Praktykował w Nîmes, w 1837 r. otrzymał stopień doktora medycyny na podstawie dysertacji Diagnostic spécial et différentiel des tumeurs du scrotum. Przez pewien czas praktykował w Génolhac, a potem w szpitalu wojskowym Val-de-Grâce w Paryżu. W 1840 r. wyemigrował do Brazylii i osiadł w Rio de Janeiro. W 1841 r. opublikował podręcznik farmakologii i receptury Formulário ou guia médico, który zdobył dużą popularność. W 1851 r. ukazało się drugie wydanie w trzech tomach; w 1852 trzecie; w 1878 piąte; w 1890 szóste. Książka znajdowała się podobno w niemal każdej aptece i drogerii. w swojej recenzji tego dzieła pisał, że „w Brazylii jest więcej podręczników Chernoviza niż Biblii”. Autor określany był jako „jeden z najznakomitszych lekarzy Brazylii drugiej połowy zeszłego stulecia” (Carlos da Silva Araujo, 1936). Dzięki tej książce Chernoviz dorobił się znacznego majątku. Został odznaczony Komandorią Orderu Chrystusa, a Pedro II przyznał mu tytuł Komandora Orderu Róży. W 1844 ożenił się z pochodzącą z Francji Julie Bernard, mieli jedenaścioro dzieci. W 1855 wrócił do Francji i zamieszkał w Paryżu. Zmarł 31 sierpnia 1881 w Paryżu, pochowany jest w grobowcu rodzinnym na cmentarzu Passy. W 1908 na jego cześć nazwano ulicę w Paryżu (Rue Chernoviz). (pl)
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